Almofada para cadeiras de rodas: a base de uma condução confortável
Sabemos que adora a sua cadeira de rodas por diversas razões como a liberdade e a independência que ela lhe oferece. No entanto, o que é que acontece se não tiver a almofada certa? Não iria gostar tanto da sua cadeira porque não seria tão confortável.
‘Esse foi o meu dilema. Eu adorava a minha cadeira de rodas pela capacidade que ela me dava de fazer e participar em muitas coisas. Mas tinha dificuldade em estar sentada durante mais de duas horas, o que acabava com o propósito da cadeira de rodas. Eu ainda estava na escola e fazer parte de um grupo era um aspeto essencial para ser como qualquer outro adolescente numa escola típica. Cada vez que tinha um intervalo, ou na hora do almoço tinha que me dirigir ao posto médico, pedir para ser transferido para uma cama que estaria disponível, para poder descansar e aliviar a pressão de estar sentado. Isto significou o isolamento do lado social da vida escolar, o que inevitavelmente tornou a integração um pouco mais complicada.
Quando o problema do conforto começou a ter impacto na minha saúde e eu estava em risco de desenvolver uma úlcera de pressão, decidi que devia fazer algo para mudar essa situação. Acho que estava assustada por vir a ter o mesmo problema que uma amiga minha tinha passado – também ela utilizadora de cadeira de rodas. A ferida de pressão dela atingiu tal nível que ela teve de se submeter a várias operações na anca/coxa e ficou várias semanas no hospital.
A procura começou com fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais para encontrar uma solução confortável para o meu problema. Eles descobriram que o problema estava na almofada que eu estava a usar que não era a mais adequada para mim; era uma standard que eu nunca tinha mudado e obviamente o meu corpo não era mais o mesmo. Eu já não conseguia tolerar mais aquilo a que eu costumava chamar de confortável.
Após experimentar várias almofadas – não é um processo fácil já que não conseguimos saber no imediato se a almofada é apropriada ou não, a não ser que seja feita de pedras! – demorou quase um ano até eu encontrar uma que me parecesse boa. A razão pela qual demorou um ano foi devido à minha condição clínica que é progressiva. Ela afeta de forma significativa a minha postura e a forma como me sento. Como consequência, quando eu encontro uma almofada de posicionamento e penso que ela se adapta a mim, passado uma semana percebo que ao estar sentado nela durante mais de duas horas a dor continua lá e o desconforto volta novamente.
Tenho de admitir que depois de experimentar tantas almofadas fiquei um pouco cética sobre se alguma vez iria encontrar a almofada certa para mim, e ao mesmo tempo estava assustada por ficar presa a uma almofada que inicialmente me parecia adequada, mas que passado um tempo provasse o contrário. Quando finalmente encontrei uma almofada que o meu corpo gostasse e que não me aleijava nem causava desconforto fiquei preocupada – acho que não conseguia acreditar na minha sorte, mas ao mesmo tempo estava assustada com medo que algo acontecesse a esta almofada ‘mágica’ ou que o meu corpo mudasse outra vez. Ainda bem que esta almofada em particular é adaptável e vai adaptar-se a qualquer mudança de forma do meu corpo.
Pode ter demorado a encontrar a almofada de posicionamento perfeita, e de facto não foi preciso esperar até entrar na universidade para finalmente me conseguir sentar de forma confortável durante o dia. A minha almofada foi um elemento essencial para o meu sucesso na universidade porque fui capaz de a suportar durante horas a fazer pesquisas na biblioteca, assistir a palestras e estar com os outros estudantes da universidade, o que resultou na conclusão do meu curso com distinção. Sinceramente acredito que sem a almofada correta não estaria onde estou hoje.’